Conflitos

Existe um lugar no meu mundo onde os meus conflitos se encontram.
A vontade de ser, a preguiça de fazer, o medo de errar, o sonho de ganhar.
Em cada passo, um espaço a mais para carregar uma nova ideia, um novo desejo.
Como eu queria que fosse mais simples, mais fácil, mais natural, mais rápido.
Querer e fazer e ser. Imaginar e acontecer.
Mas nao. Em tudo é preciso fazer um grande esforço, sair da inércia, quebrar as correntes que me prendem, que me impedem. E como é difícil.
E qual o motivo de tudo isso? Qual a vantagem ao final das contas?
Uma consciencia tranquila, um sentimento de dever cumprido, um orgulho por ter cumprido.
Ou apenas a imagem de alguém cansado, envelhecido e gasto pelo tempo.
O que mais me interessa é o que fica por dentro, aquele sentimento, aquele vazio preenchido, aquela satisfação.
É possível? Vale a pena? Existe caminho mais fácil? Qual é o certo? Por onde eu começo?
Muitas perguntas, só eu posso ter as respostas, só depende de mim.

Percebo, então, que é hora de parar. Fechar os olhos, olhar para dentro, no fundo da alma. Alma que esta em paz, plena, feliz. E o que ela me diz? Vai em frente! Você pode! Você consegue! Porque no fundo, no fundo, no fundo, eu mesma sou minha própria torcida, minha própria coach, e eu realmente acredito em mim mesma.

Existe um lugar no meu mundo onde os conflitos se resolvem, ficam amigos, se dão as mãos e caminham juntos, numa velocidade tão lenta que consigo ultrapassa-los e deixa-los bem para trás, até que não posso mais enxerga-los, ou sequer lembrar-me deles.

Composição

Sou feita de sonhos.
Sou feita de vontades.
Sou feita de desejos.
Sou feita de alegrias.
Sou feita de momentos.
Sou feita de matéria, de sentimentos, de corpo e alma e mente.

Onde estou?
De onde vim?
Para onde vou?
Estou neste instante, vivendo este momento, sonhando este sonho. Alegre e com vontade de matar um desejo.
Vim de um passado que ja parece distante, as vezes, sinto como se nem tivesse existido. Só há o presente e o futuro.
Vou para um caminho que eu mesma vou construir. E construo o meu caminho seguindo os meus sonhos. Fecho os olhos, imagino, dou um passo e o chão se forma embaixo dos meus pés. Piso firme e sinto que estou segura para dar o próximo passo.

E assim eu vou me compondo ao longo do tempo.
Somando o que é bom, subtraindo o que não é tão bom.
Provando todos os gostos que a vida me dá e descobrindo de quais eu gosto mais.

Sou boazinha, mas...

Se sou boazinha, me sinto usada.
Se sou ma, me sinto culpada.
E agora?

Eh claro que na maioria das vezes escolho ser boazinha, e carrego o prejuízo sozinha.
Mas, ultimamente, tendo filhos, sendo o termômetro da casa e vendo q outras pessoas mais são prejudicadas, tenho pensado seriamente em não ser mais tao boazinha.

Preciso dizer mais nao. Preciso colocar minha vontade e meu bem-estar (e consequentemente o bem-estar dos que vivem comigo) em primeiro lugar. Eh mais ou menos assim: que se danem os outros! Isso porque não falo palavrão, porque a vontade era de falar alguns.

Poremmmm....sempre tem um porem.
Na minha qualidade de boa cristã, e como alguém q deseja alcançar um nível mais elevado de espiritualidade, ser má vai contra aos meus princípios. E nesse conflito de o q eh certo e o q eh errado, eu prefiro deixar que o errado fique para o outros.

Sou boazinha sim, mas... não abusa!